domingo, 16 de dezembro de 2007

A origem do Natal, ou Como uma data fajuta faz a cabeça dos cristãos

A maioria dos cristão desconhece a origem do Natal. Na verdade, a data de 25 de dezembro está ligada às festas pagãs, sem relação nenhuma com Jesus Cristo pois na verdade este dia era dedicado ao deus Mitra.

A origem da árvore de Natal também vem de época bem remota.
Começou na Antiga Babilônia com Nimrod (que quer dizer Rebelde), neto de Cã, filho de Noé. Fundador da Torre de Babel, Nimrod casou-se com a própria mãe, Semiramis, que após a morte do filho-marido, começou a propagar sua adoração, alegando que um grande pinheiro havia crescido da noite para o dia, de uma pedaço de árvore morta, que simbolizava o desabrochar da morte de Ninrod para uma nova vida. E assim, anualmente, no dia do aniversário do falecido filho/marido, ela dizia que este visitava a árvore “sempre viva” e deixava presentes nela.

O dia de nascimento de Nimrod era 25 de dezembro. Sabe-se também que o carvalho era sagrado entre os druidas, as palmeiras entre os egípcios, e o abeto entre os romanos, que era decorado com cerejas negras durante as Saturnais (ou Saturnália). Acreditava-se também que o deus escandinavo Odin dava presentes na época do Natal a quem se aproximasse do seu Abeto Sagrado.

Após sua morte, Semiramis e seu filho/marido Nimrod converteram-se também em objeto de adoração, tendo sido adorados por diversos nomes em lugares diferentes como “Rainha dos Céus” dos Babilônios e Nimrod, por sua vez, converteu-se em “Divino Filho do Céu” passando a ser considerado como”filho de Baal, o Deus-Sol”.

Com o decorrer dos séculos, mãe e filho se transformaram-se em objetos principais de adoração e a sua veneração espalhou-se pelo mundo antigo: “A mãe a criança”, “Virgem e o menino”, recebendo vários nomes como Isis e Osíris no antigo Egito, Cibele e Deois na Ásia, Fortuna e Júpiter na Roma Pagã e em outros lugares do mundo, criando a imagem de “mãe de Deus”, muito tempo antes do nascimento de Jesus Cristo.

O mundo pagão celebrava o dia 25 de dezembro como o dia do nascimento de Isis (ou “Rainha do Céu) muito tempo antes do Imperador Constantino torná-la data comemorativa do nascimento de Cristo. Os persas comemoravam este período como o nascimento de Mitra, o Deus Sol, e acreditavam que um pequeno sol nascia sob a forma de um bebê, comemorando em 25 de dezembro o Dia do Nascimento do Sol Invicto (que os romanos chamavam de Natalis Solis Invicti). Jantares e árvores verdes ornamentadas para espantar os maus espírito da escuridão eram comuns e presentes de bom agouro eram ofertados aos amigos.

Os Druidas, que tiveram vários de seus rituais apropriados pela Igreja Católica de Roma, comemoravam este dia, e as festividades aconteciam ao redor do monumento de Stonehenge, construído em 3100 a.C. para marcar a trajetória do Sol ao longo do ano.

Com o crescimento da religião católica, que incorporou em sua ortodoxia vários costumes pagãos, principalmente para ganhar adeptos, Constantino aproveitou esta data, onde se comemorava a festividade da brunária (25 de dezembro), as Saturnais (ou Saturnália) de 17 a 24 de dezembro - celebrando o solstício de inverno que é quando o sol atinge o seu afastamento máximo da linha do equador, tornando as noites mais longas e marcando o início do inverno, e o “Novo Sol”, e as Calendas, quando se iniciava um ano novo -, dando assim um golpe político para trazer a massa de cristãos recém-convertidos ao cristianismo e aproveitando a influencia do maniqueísmo pagão que identificava o filho de Deus como o Sol físico, decretando que esta festa do dia 25 de dezembro (dia do nascimento do deus-sol, ou solstício), seria a data comemorativa do nascimento do filho de Deus. Desta forma o”Natal” – ou seja, dia do nascimento-, se enraizou no mundo ocidental.

As Saturnais era orgias carnavalescas (ou seja, “da carne”), onde havia muito vinho e depravação, em homenagem ao deus Saturno. Durante as Saturnais a orgia era comandada por um chefe de folia, uma espécie de Rei Momo, um homem gordo, que representava Saturno, ceias fartas, troca de presentes e a queima de velas.

Juliano, o Apóstata, sobrinho de Constantino, que também era adorador de Mitra, disse a respeito desta celebração do dia 25 de dezembro:

“Antes do início do ano, no final do mês cujo nome é segundo Saturno (dezembro), celebramos em honra de Hélios (o Sol), os jogos mais esplendidos e dedicamos o festival ao Invencível Sol. Que os deuses governantes me concedam louvar e sacrificar neste festival. E sobre os outros, que Hélios mesmo, o rei de todos, conceda-me isto”

É importante ressaltar que este costume foi adotado a partir de 336 d.C. e é desta época o início da adoração da “virgem e o menino”, trazidos pelos novos cristãos, pagãos recém convertidos, que continuaram a adorar o Sol, festejando o nascimento do astro-rei, agora transformada na celebração do nascimento de Jesus Cristo. Desta forma, o paganismo foi introduzido dentro do cristianismo.

Interessante é que Jesus Cristo, conforme a bíblia sagrada diz, não pediu que se comemorasse seu nascimento, mas sim sua morte conforme relatado em Lucas 22:19, onde diz: “E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim”.